Jardineiro que matou homem após discussão em bar tem prisão preventiva decretada
Edilson foi morto a golpes de faca e corpo foi enterrado em uma vala na entrada do Assentamento Santa Mônica
O jardineiro Julio Melchiades Cesar, 47 anos, preso por matar e esconder o corpo de Edilson Cavalcante Campos, 40, após uma discussão por partida de sinuca, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. O caso aconteceu no Assentamento Santa Mônica, em Terenos, cidade a 25 quilômetros de Campo Grande.
Edilson estava desaparecido desde o dia 14 de janeiro e o corpo foi encontrado no início da tarde de quarta-feira (18), em uma vala na entrada do assentamento. Julio foi preso em flagrante por equipe da DEH (Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios) e negou o crime.
O acusado passou por audiência de custódia nesta sexta-feira (20) e teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Valter Tadeu Carvalho. Para o magistrado, há prova da materialidade e indícios da autoria do crime. Além disso, Julio chegou a tentar fugir da polícia se escondendo em uma plantação de soja.
Desaparecimento – Na segunda-feira (16), o irmão de Edilson procurou a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro para registrar o desaparecimento do homem. Segundo ele, a mãe dos dois recebeu uma ligação de uma mulher, que não se identificou, e avisou que ele havia sido esfaqueado em bar no assentamento Santa Mônica e saiu andando em direção à rodovia BR-060.
O irmão de Edilson foi até o bar e a dona do local informou que houve uma briga no sábado e que o homem havia sido ferido. Ela também mostrou várias marcas de sangue no local. Ele ainda tentou ligar para o telefone da vítima, que deu apenas desligado.
Ele então decidiu ir até a delegacia e registrar o desaparecimento do irmão, que foi encontrado morto na quarta-feira.
Discussão – Segundo a dona do bar onde o crime aconteceu, a vítima e Julio tiveram uma discussão e acabaram entrando em luta corporal por conta de uma partida de sinuca. Em depoimento, ela relatou que o acusado se apossou de uma faca e desferiu golpes em Edilson. Logo depois, os dois foram para fora do estabelecimento.
No relato, ela conta que Edilson chegou a dizer para o agressor “Somos trutas, somos parceiro. Para que fazer isso comigo?” e Julio respondeu “agora somos parceiros né? Você vai morrer moleque. Você já esta morto”. Os dois seguiram juntos em direção à rodovia MS-060 e por volta de dez minutos depois, o acusado voltou e disse que a vítima tinha seguido viagem de carona para Campo Grande.
Porém, no dia seguinte, Julio acabou contando que desferiu mais um golpe em Edilson quando os dois saíram do bar e ele acabou morrendo, por volta das 5h do domingo (15). Em seguida, ele pegou uma picareta e escondeu o corpo na vala. Conforme a comerciante, o jardineiro ainda a ameaçou de morte caso ela contasse à polícia.
