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Capital

Em bairro, erosão de quase 2 km ameaça casa de aposentado

Vizinhos reclamam que na temporada de chuvas o buraco 'só aumenta'

Por Jéssica Fernandes e Ana Beatriz Rodrigues | 29/04/2024 09:08
Erosão no Bairro Maria Aparecida Pedrossian tem quase 2 km. (Foto: Marcos Maluf)
Erosão no Bairro Maria Aparecida Pedrossian tem quase 2 km. (Foto: Marcos Maluf)

No Bairro Aparecida Maria Pedrossian, uma erosão está quase ‘engolindo’ a casa de um idoso. No encontro das ruas Ribeirão Bonito com a Alzira Brandão, o buraco de quase 2 km é motivo de preocupação entre os moradores e condutores, que na temporada de chuvas precisam alterar a rota por não conseguirem passar com o veículo.

Morador há mais de 30 anos na região, Francisco Nunes, de 98 anos, é proprietário da residência que, aos poucos, está sendo invadida pela erosão. O aposentado fala que o cenário na rua é o mesmo há tempos e que nenhuma medida adotada resolve a situação. “Esse buraco antes era uma lagoa represa e com o tempo foram mexendo aí. Quando passaram esses tubos, a coisa desandou, a erosão só aumentou de lá pra cá”, afirma.

A erosão que está às margens do Córrego Lajeado também é motivo de medo para a vizinhança. Durante a temporada de chuvas, moradores temem que a erosão fique ainda maior. José Lopes de Oliveira Neto, de 74 anos, comenta que é impossível transitar pela rua. "Em dias de chuvas, carro nenhum não pode passar porque a força da água vem de um jeito”, explica.

Francisco Nunes fala que o tamanho da erosão aumentou nos últimos tempos. (Foto: Marcos Maluf)
Francisco Nunes fala que o tamanho da erosão aumentou nos últimos tempos. (Foto: Marcos Maluf)

O aposentado relata que outro receio é com a segurança do vizinho de 98 anos. “Eu moro na esquina e fico preocupado com o seu Francisco, porque a hora que vir uma chuvarada a cratera vai abrir de uma vez", diz.

No ano passado, o Campo Grande News produziu outra reportagem sobre a erosão que ameaça o córrego que abastece a Capital. Alvo de dois inquéritos civis instaurados pelo Ministério Público Estadual, que coloca como alvo da investigação a Prefeitura da Capital e empresas responsáveis por empreendimentos imobiliários, o Córrego Lageado fornece 14% da água captada para o abastecimento da cidade.

A reportagem entrou em contato com a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) e aguarda retorno.

No encontro das Ruas Ribeirão Bonito com a Alzira Brandão buraco é cercado por vegetação. (Foto: Marcos Maluf)
No encontro das Ruas Ribeirão Bonito com a Alzira Brandão buraco é cercado por vegetação. (Foto: Marcos Maluf)

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