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Capital

"Acelerou intencionalmente": MP quer prisão de homem que matou esposa atropelada

Andressa foi arrastada por vários metros após discussão com marido no Bairro Nova Campo Grande

Por Dayene Paz | 29/04/2024 16:00
Casal com uma das filhas em imagem publicada no Facebook. (Foto: Redes sociais)
Casal com uma das filhas em imagem publicada no Facebook. (Foto: Redes sociais)

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) quer a prisão de Willames Monteiro dos Santos, de 33 anos, que atropelou e matou a esposa, Andressa Fernandes Teixeira, de 29 anos. Para a promotora Luciana do Amaral, ele agiu intencionalmente e a prisão é a melhor medida para o correr das investigações policiais. Willames acabou solto em audiência de custódia e agora usa tornozeleira eletrônica. O caso aconteceu na noite de um sábado, 20 de abril, no Bairro Nova Campo Grande, na Capital.

"Willames acelerou intencionalmente o carro, de ré, atropelou o portão e a mulher juntos. Andressa ficou presa debaixo do veículo e foi arrastada por alguns metros, mesmo que testemunhas presenciais o alertassem para parar o veículo e o avisassem que iria matar a vítima, tendo o acusado dito: 'que se dane'", diz trecho do documento do MP.

Para dar mais peso ao pedido, o Ministério Público anexou depoimento de uma testemunha ocular dos fatos, que afirmou saber de ameaças contra Andressa, por vezes, com faca. Inclusive, ouviu a discussão do casal e viu o momento em que Willames arrastou a esposa, presa embaixo do carro.

Depoimento - No dia, o casal discutia sobre quem trabalhava mais e contribuía mais financeiramente com a casa. Ambos "se provocavam" na discussão, disse a testemunha. Por volta das 21 horas, Andressa sentou no portão, de costas para casa. Neste momento, a discussão continuava com Willames, até que ele pegou o carro e bateu de ré no portão, que estava fechado.

Andressa passou a ser arrastada. "Para o carro", "você vai matar ela", foram as frases da testemunha, seguidas da seguinte resposta de Willames: "que se dane". O homem continuou dando ré até perto de uma árvore, engatou a primeira marcha e arrancou. A testemunha confirma que continuou gritando, informando que Andressa estava embaixo do veículo, mas tudo foi em vão.

"Pensa nos seus filhos", suplicou a testemunha, enquanto as crianças assistiam a cena de terror. Foi quando Willames, parou o veículo e desceu para ver. Na sequência, entrou novamente no carro para fugir, mas foi detido por vizinhos. Os próprios familiares do suspeito ergueram o carro para retirar a vítima e o irmão de Willames levou o veículo embora.

Os moradores acionaram o socorro, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu. "O que foi que eu fiz? eu vou ser preso!", disse Willames ao ver o corpo de Andressa.

"(...) além de evidente motivação qualificada e utilização de recurso que dificultou a defesa da ofendida, o delito ainda foi praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, uma vez que o recorrido matou a vítima em contexto de violência doméstica e familiar, porquanto conviviam juntos, e foi praticado na presença dos filhos menores de idade da vítima", diz trecho do pedido de prisão.

Para o MP, Willames deve ser preso por se tratar de crime hediondo, porque ele já possui histórico de violência familiar e pode atrapalhar as investigações. "(...) o recorrido em liberdade, poderá prejudicar a investigação, inclusive tentando influenciar de algum modo o depoimento da filha do casal, criança de 11 anos de idade que presenciou o crime. Sendo que ela ainda precisa ser devidamente ouvida sobre os fatos através de depoimento especial durante a investigação policial".

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